Quem nos julgamos

Porque julgamos mal os outros? Com que direito magoamos gratuitamente alguém só para nos sentirmos bem connosco? Alteramos os nossos sentimentos com a facilidade de um estalar de dedos quando nos sentimos ameaçados, contrariados ou quando simplesmente não conseguimos atingir os nossos objectivos...
Dizemos nos vencedores sem nunca termos ganho nenhuma batalha ou lutadores sem sequer saber pelo que estamos a lutar... Mas falamos altivamente como se fossemos donos da razão... Como seres perfeitos que achamos que somos!
Será que na realidade somos assim? Será que no nosso íntimo não nos arrependemos de uma palavra mal dita ou de uma frase mal intrepertada? Claro que sim... Mas depois do mal feito, um pedido de desculpa seria uma humilhação superior ao golpe de uma faca e é preferivel continuar no cimo do pedestral, mesmo que te sintas destruido por dentro...
Os dias passam e a saudade e o sentimento de culpa apertam e fazem que tenhamos de pensar numa alternativa ao mal... e o que fazer? Um telefonema? Um encontro por acaso? Qualquer coisa servirá...
Mas... e será que realmente nos arrependemos do que dissémos, ou na primeira contrariedade voltam as palavras feias, as agressões... Mas desta vez será mais forte, terá mais peso, e magoará cada vez mais... É um circulo vicioso que tende em não acabar, que cada vez mais nos torna frios e insensiveis e apenas alguns têm a capacidade de superar e seguir em frente... Provavelmente aqueles que amam não só com o coração, mas com o pensamento... Aqueles que confiam porque realmente são de confiança... Mas são apenas alguns...