Novas oportunidades

Qual o prazo de validade para pagamento de erros do passado? Será que nunca expira? Nem sequer quando os erros não nos pareciam erros? 
Não creio que seja propriamente um erro acreditar no amor eterno, nos príncipes encantados, nas coisas boas e bonitas que uma vida apaixonada nos proporciona... principalmente quando se tem 18 anos... o pior é quando passamos a achar que merecemos mais... e decidimos mudar...
Foi o que sucedeu comigo, decidi mudar à quase 8 anos atrás, achei que a amizade que me unia ao meu companheiro devia ser mais do que amizade e eu merecia um grande amor, mas o preço dessa mudança tem sido muito alto ao longo destes anos e será maior ainda nos próximos 8 meses... financeiramente falando, literalmente...
Por muito forte que tente ser, otimista, alegre, bem disposta, é cada vez mais difícil não só pela tão proferida CRISE (sou funcionária publica e garanto que sei do que falo) mas também porque em momentos de crise conhecemos o "dark side" das pessoas (até das melhores pessoas).
Estou ansiosa, desiludida, desmotivada e sinto me cada vez mais a fraquejar como pessoa... Como mãe estou a ficar sem paciência, como companheira estou a ficar desacreditada e como profissional estou a ficar desmotivada... Nos últimos 4 a 6 meses é como se tivesse regredido 10 anos na minha vida, com a agravante que já não estou nos vintes e tenho duas filhas (lindas, maravilhosas e que são a minha força diária) em que pensar.
Como é que se dá a volta? Como é que se recomeça de novo? Por onde é que se recomeça? Ainda existe o certo? o seguro? São perguntas que pairam no meu pensamento o número de horas que estou acordada (cerca de 18 uma vez que não consigo dormir), mas também os meus sonhos nas poucas horas que tenho de sono...
Qualquer coisa é melhor do que a incerteza que neste momento o meu emprego, o meu ordenado e por consequência a minha estabilidade emocional, mas sinceramente estou demasiado debilitada para conseguir reagir.
Vou voltar costas a este país que, apesar de ser o meu tem feito pouco por mim e fará ainda menos pelas minhas filhas e vou procurar novas oportunidades não só de emprego, mas essencialmente de vida. Preciso voltar a amar, preciso voltar a achar que vale a pena fazer esforços porque a vida é bonita.
Vai me custar muito voltar costas a tudo o que conquistei, aos meus familiares e amigos, mas tal como à 8 anos achei que merecia melhor, e uma segunda oportunidade de me apaixonar, também agora chegou a altura de achar que mereço uma vida melhor para voltar a amar.
Wish me luck!

Someone like you

Hoje quando abri o mail, alguém me tinha escrito a letra de uma música que por sinal adoro... "Someone like you" da Adele...


"I heard that you're settled down
That you found a girl and you're married now
I heard that your dreams came true
Guess she gave you things I didn't give to you

Old friend, why are you so shy?
Ain't like you to hold back or hide from the light
I hate to turn up out of the blue uninvited
But I couldn't stay away, I couldn't fight it

I had hoped you'd see my face
And that you'd be reminded
That for me it isn't over

Never mind, I'll find someone like you
I wish nothing but the best for you two
Don't forget me, I beg
I remember you said:
"Sometimes it lasts in love, but sometimes it hurts instead"

Sometimes it lasts in love, but sometimes it hurts instead, yeah

You'd know how the time flies
Only yesterday was the time of our lives
We were born and raised in a summer haze
Bound by the surprise of our glory days

I hate to turn up out of the blue uninvited
But I couldn't stay away, I couldn't fight
I had hoped you'd see my face
And that you'd be reminded
That for me it isn't over

Nevermind, I'll find someone like you
I wish nothing but the best for you two
Don't forget me, I beg
I remember you said:
"Sometimes it lasts in love, but sometimes it hurts instead"

Nothing compares, no worries or cares
Regrets and mistakes, they're memories made
Who would have known how bitter-sweet
This would taste?

Nevermind, I'll find someone like you
I wish nothing but the best for you two
Don't forget me, I beg
I remember you said:
"Sometimes it lasts in love, but sometimes it hurts instead"

Nevermind, I'll find someone like you
I wish nothing but the best for you two
Don't forget me, I beg
I remember you said:
"Sometimes it lasts in love, but sometimes it hurts instead"
Sometimes it lasts in love, but sometimes it hurts instead, yeah"


Obrigada, fez me sentir bem...

Hábito!!!

Ora pois que isto começa a ser habitual... Só ainda não consegui perceber se suscito inveja ou se é outra coisa "assédio" quiçá!!!
Pois que ontem vinha eu com um top bem engraçado, com o qual se fica com um ombro à mostra, logo "obriga" ao uso de soutien cai-cai (de preferência que não caia na realidade)

Epah, eu até sou discreta q.b. mas tenho cuidado com a minha aparência e como qualquer mulher, sou vaidosa... O que eu não esperava era que numa visita de cortesia ao meu gabinete para recolher o meu contributo para dois bébés que nasceram entretanto (e que diga-se de passagem que mal conheço os pais), uma colega que vi salvo erro umas 4 vezes me diz: "- Posso te fazer uma pergunta?" e antes que eu respondesse ela disparou "- Tens soutien? É que reparei em ti à hora do almoço e fiquei a pensar se terias porque não se notam as alças!"

Como diria uma amiga minha "PLAMORDEUS" (vulgo OMG), mas esta gente não se toca? Ok somos "gajas", mas dá pra saber quando se ultrapassa o limite entre conversa de "gajas em spm que se encontram habitualmente na casa de alguma pra cuscar" e colegas de trabalho que mal se conhecem????
Fiquei quase sem palavras e limitei me a responder que sim, que tinha e que era do tipo cai-cai comprado na "Oysho".

Claro que a conversa depois deu pano pra mangas entre essa colega e outra colega com quem partilho o gabinete, e no fim fiquei a saber e a conhecer partes do corpo da colega que preferia nunca ter visto, mas enfim... há gente pra tudo!

"Pegadas"

Se há algo do qual me orgulho é da pessoa que sou, nem sempre tenho um feitio fácil, principalmente para quem mais gosto, mas no geral sou uma pessoa equilibrada! Sei estar nos diferentes ambientes onde me encontro, sei gerir bem os meus sentimentos e impulsos e quando a situação obriga, sou uma boa atriz (novo acordo ortográfico :)) digna de um Óscar da Academia!... 

Ora, esta semana fui confrontada com 2 situações que me deixaram bastante desconfortável... principalmente porque tive de me conter para não ser indelicada, quiçá mesmo bruta porque a pessoa em questão não mediu (falta lhe meio palmo de testa) as coisas que me disse e nem tão pouco percebeu a diferença entre dizer as coisas a uma amiga (que eu não sou) ou a uma colega de trabalho! Tive de puxar da minha veia artística e pura e simplesmente ignorar o que ela me disse porque "coitada, está a passar um mau momento e toma antidepressivos!" - Foi literalmente o que pensei !

Mas momentos depois da situação ter acontecido pensei - WTF??? - mas então se toda a gente reagir como eu, qualquer dia ela anda p'ai a desancar toda a gente forte e feio apenas porque é cobarde e não tem coragem de mudar a vida dela, fazer algo para ser feliz e se refugia nos antidepressivos!!! (perdoem-me as pessoas racionais que apenas os tomam...)

Acho que lhe valeu eu andar de bem com a vida, por estar feliz no meu trabalho e na minha vida privada e (pelo menos ultimamente) pensar bem nas consequências dos meus actos irreflectidos. Talvez porque os meus actos irreflectidos tenham tido consequências menos boas para mim e se isso se tenha reflectido no comportamento dos outros comigo, certo é que respirei fundo, pus os olhos no computador e continuei a trabalhar ignorando as palavras sem nexo que saiam da boca dela...

Secalhar penso demais nas coisas, mas a vida é curta demais para ser vivida com tristeza, com mágoa, com infelicidade! Quando tudo parece errado, devemos lutar por uma mudança para nos sentirmos melhor, por muito difícil que pareça é suposto acreditar que seremos sempre recompensados pela coragem que um dia tivemos, pela ousadia de mudar! Acho que é esse o verdadeiro sentido da vida! A mudança, a transformação, o dar e receber, o cair, o levantar, o chorar, o sorrir, assim como os relacionamentos entre as pessoas, os saber agradar, o saber estar o saber conversar, são uma aprendizagem, são a certeza de que deixámos a nossa "pegada"...

My baby girl!




Já há uns bons meses que esta Caroxinha não aparece à sua janela, e hoje consegui (finalmente!) ter um tempinho (entre a sesta da pequena e a muda da fralda) para vir actualizar e contar as novidades (e que novidades) sobre a NOVA vida!

Nos últimos post's o meu estado de espírito não era o mais agradável (era mesmo horrivel), sentia me gorda (duhhh estava grávida), feia, sem interesse e mais que tudo insegura em relação ao que qualquer pessoa (ou até bicho) sentiam por mim... XARAMMM, tudo isso mudou!

A Clarinha nasceu no dia 05 de Novembro, pelas 22h53 depois de um dia extremamente agradável, cheio de sol e calor (chamado "Verão de São Martinho"?!?!?!). Estava eu a preparar me para o jantar de aniversário de um amigo (que acabou por ser o merecido "Padinho" da Clarinha) quando de repente começa uma moinha, primeiro de dez em dez minutos, depois de cinco em cinco e por fim... já nem sei acho que não passava nem um minuto. Fomos para o hospital pelas 21h, hora fazendo as contas, entre inscrição, triagem da enfermeira, CTG e observação da médica passaram cerca de 45 minutos... 

Quando cheguei à ultima fase (observação da médica), já a pequena estava quase com a cabeça de fora, o que acabou por tornar o momento cómico, eu numa cadeira de rodas, uma enfermeira à frente a abrir caminho e outra a empurrar pelo hospital fora até ao Bloco de Partos... O pai quase não assistia, mas chegou a tempo do momento tão especial de ver o nascimento do baby e cortar o cordão umbilical.

Desde esse momento, tudo mudou... fiquei muito mais rica emocionalmente, mais forte e segura, deixei um pouco de parte a "Drama Queen" (na verdade, nem tenho tempo de me lembrar dela).

Ando cansada, muito cansada! Os meus dias são a tratar do meu bebé, que é quem mais precisa de mim neste momento, e ela compensa me com um sorriso de todas as vezes que lhe pego, mudo a fralda, lhe dou de mamar...

Mesmo com todos os azares, que continuam (há coisas que nunca mudam!!!), pois após o nascimento da Clarinha fomos "brindádos" com o desemprego do Miguel, as coisas têm corrido bem, e até esse percalço nós já superamos uma vez que ele começa a trabalhar dia 1. A Clarinha e a Carol dão um brilho especial à minha vida!!! E o Miguel, claro, completa-me!

Agora com três meses, a Clarinha já faz companhia, já dorme menos, já ri e já interage muito com as pessoas que a rodeiam... Por enquanto ainda estou com ela em casa, mas em breve daremos inicio a uma nova rotina, eu volto ao trabalho e ela terá de se ajustar à rotina de um infantário.

Veremos como corre...